Pense bem no que você vai comer, não só por você e pela sua saúde, mas pela saúde de seus filhos e netos. Vários estudos recentes chegaram à mesma conclusão: de que a dieta das pessoas, seja boa ou ruim, pode transformar seu DNA, passando as novas características adiante. Pior: não importa qual seja a dieta de seus filhos e netos, se a sua for ruim, ainda vai afetar a saúde deles. Os estudos estão relacionados ao conceito de epigenética, que se refere a mudanças vindas de forças externas na expressão de genes. Diferente de uma mutação, alterações epigenéticas não estão no DNA em si, mas em seus “arredores” – nas enzimas e outras substâncias químicas que orquestram como uma molécula de DNA desenrola suas várias seções para fazer proteínas ou mesmo células novas. Essas alterações epigenéticas já eram conhecidas na ciência. Uma pesquisa de 2011 feita por Marilyn Essex, por exemplo, mostrou que um podem se manifestar na adolescência. Já a descoberta de que tais alterações podiam ser passadas adiante. Apesar disso, os pesquisadores ainda não sabem como essa informação é passada de geração em geração.
Ao contrário de uma mutação genética, as alterações epigenéticas no ambiente do DNA deveriam ser esquecidas quando um embrião recém-formado começasse a se dividir. Durante o processo de meiose (divisão celular), todas as marcas epigenéticas deveriam ser apagadas, mas isso não é totalmente verdade: algumas permanecem.
Um grupo liderado por Randy Jirtle da Universidade Duke (EUA) demonstrou como clones de ratos implantados em estado de embrião em mães diferentes têm diferenças radicais na cor da pele, peso e risco para doenças crônicas, dependendo da alimentação na gravidez dessas mães. Os nutrientes (ou a falta deles) nas mães afetaram o ambiente de DNA dos ratos, de modo o que os DNAs idênticos desses clones se expressaram de maneiras muito diferentes.
Baseado nesse trabalho, outro estudo liderado por Torsten Plösch da Universidade de Groningen, na Holanda, sugeriu inúmeras maneiras pelas quais a nutrição altera o epigenoma de muitos animais, incluindo seres humanos adultos. Segundo ele, a dieta dos adultos humanos induz mudanças em todas as células, mesmo esperma e óvulos, e essas alterações podem ser transmitidas aos filhos. Tais efeitos foram observados em crianças nascidas durante a fome holandesa no fim da Segunda Guerra Mundial; elas tinham susceptibilidade para várias doenças mais tarde na vida, como intolerância à glicose e doença cardiovascular, dependendo do momento e da extensão da escassez de alimentos durante a gravidez.
Outra pesquisa mostrou que filhotes de ratos superalimentados desenvolveram sinais indicadores de síndrome metabólica – resistência à insulina, obesidade e intolerância à glicose – e passaram algumas dessas características aos seus descendentes, que, em seguida, desenvolveram elementos da síndrome metabólica.
Por último, um estudo conduzido por Ram Singh B. do Instituto TsimTsoum, em Cracóvia, Polônia, examinou a forma como nutrientes afetam a cromatina. A cromatina é como a sopa química em que o DNA funciona. Além de criar marcas epigenéticas, Singh especula que nutrientes também possam causar mutações. Para ele, é possível que a ingestão de mais ácidos gordos ômega-3, colina, betaína, ácido fólico e vitamina B12 por mães e pais altere a cromatina e leve a mutações, tanto boas (como aumentar a vida da criança) ou más (como obesidade).
Parece que está na hora de mudar o famoso ditado “você é o que você come” para “você, seu filho e seu neto são o que você come”.
(Hypescience)
Nota: Essas pesquisas aumentam nossa responsabilidade de buscar um estilo de vida saudável e comprovam o mandamento bíblico que diz que as “maldições” e as bênçãos acompanham gerações (Êx 20). Além disso, mostram aos darwinistas que eles precisam dar mais atenção aos estudos em epigenética, embora alguns tenham calafrios pelo fato de essa área se aproximar um tanto do “esquecido” lamarckismo.[MB]
Fonte: Criacionismo
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