Exame de sangue promete revelar expectativa de vida do paciente
Segundo cientista espanhola, tempo de vida corresponderia ao tamanho das pontas na extremidade dos cromossomos
Segundo a cientista espanhola Maria Blasco, com um simples teste de sangue é possível prever quanto tempo de vida temos pela frente. A pesquisa diz que seria possível determinar nossa longevidade através dos nossos cromossomos. O teste surgiu em um hospital da Espanha.
Pela pesquisa, nosso tempo de vida corresponderia ao tamanho das pontas na extremidade dos cromossomos, chamadas de telômeros. Quanto maiores forem o telômeros, mais longa pode ser a vida.
O professor geneticista Franklin Rumjanek da Universidade Federal do Rio de Janeiro aprova este avanço da ciência.
“É baseado em dados reais. O tamanho do telômero dá, mais ou menos, a expectativa de vida da pessoa em função de quantas vezes essa célula vai se replicar ao longo da vida da pessoa”, explica o professor Franklin.
De acordo com a pesquisa, o tamanho do telômero também pode fornecer informações importantes sobre o risco de morte prematura e de uma série de problemas associados à idade, como Alzheimer e câncer.
O teste desenvolvido pela médica espanhola Maria Blasco precisa apenas de amostras de sangue da pessoa. É rápido, eficiente e elogiado pelos cientistas. Mas são eles também que avisam: trata-se de uma estimativa de tempo de vida, e não uma garantia do tempo que a pessoa vai viver.
O teste pode se tornar comum dentro de cinco a dez anos. Apesar de concordar com a pesquisa, o geneticista brasileiro sugere cautela.
“Se contribuir para entender melhor como a célula funciona, ótimo. Se for utilizada como medida, por exemplo, para que companhias de seguro possam dar prêmios mais caros para quem tem telômetro mais curto, não é bom. Se a pessoa começar a extrapolar dados, para outras ações consideradas antiéticas, a sociedade vai pagar por isso”, opina.
Para a criadora do teste, só há benefícios. Não só porque indica a idade biológica, interna, da pessoa, como pode ajudar a prolongar a vida de quem, a partir do teste, adotar hábitos mais saudáveis. Mas nem todo mundo acha o teste uma boa ideia: “Tem um ditado que diz o seguinte:
‘Morrer, não importa de que. Viver, só com honra e dignidade. Tomar só a Deus pertence’”, afirma um homem.
Fonte: G1
Nota: A primeira impressão que se tem ao ler essa notícia é que a qualidade e até mesmo o tempo de vida de cada ser humano estão determinados geneticamente, sendo a longevidade diretamente proporcional ao tamanho das pontas dos cromossomos (telômeros).
Só mesmo a primeira impressão, pois, ao comentar sobre os benefícios da descoberta, a própria criadora do teste afirmou que ele “pode ajudar a prolongar a vida de quem, a partir do teste, adotar hábitos mais saudáveis”.
A declaração da cientista espanhola Maria Blasco tem grande relevância por se tratar de alguém com amplo conhecimento na área genética, o que se presume pela descoberta realizada.
É impressionante a íntima relação existente entre os hábitos saudáveis e a longevidade, embora muitos resistam a esse fato. A influência dos hábitos em nossa vida é mais forte do que muitos pensam, a ponto de interferir e até modificar tendências genéticas.
Que cada um de nós possamos aproveitar esse conhecimento, por meio de pesquisas desenvolvidas a cada dia, para nos sentirmos estimulados a realizar mudanças significativas em nossos hábitos, tendo em vista que eles podem nos proporcionar vida mais longa e de qualidade!
Afinal, como disse a escritora Ellen G. White: “A única esperança de coisas melhores está na educação do povo nos verdadeiros princípios. Ensinem os médicos ao povo que o poder restaurador não se encontra em drogas, porém na natureza. A doença é um esforço da natureza para libertar o organismo de condições resultantes da violação das leis da saúde. Em caso de doença, convém verificar a causa. As condições insalubres devem ser mudadas, os maus hábitos corrigidos. Então se auxilia a natureza em seu esforço para expelir as impurezas e restabelecer as condições normais no organismo” Ciência do Bom Viver, p. 127.
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